CHIMOIO EM FESTA PELA CELEBRAÇÃO DO QUADRAGÉSIMO-SEXTO ANIVERSARIO DE ELEVAÇÃO A CIDADE

quinta-feira, 23 de julho de 2015.
Por: Delfim Anacleto
Chimoio, capital da província de Manica, localizada sobre o Corredor da Beira, a cerca de 200 quilómetros da Beira e a 100 do Zimbabwe, com limites o rio Nhamahocha, Téwé, até ao marco três do foral, o monte Chizombero, IAC e o círculo Matole, ao norte; os riachos Toa e Munetse, os círculos Chiongo e Ndenguene, e a localidade de Zembe centro, ao sul; o rio Nhamahocha e os círculos de Noia e Chiongo, a este; e a confluência dos rios Nhamathui e Chiongo, a oeste, e uma população estimada em 304,871 habitantes, distribuída em 33 bairros, numa área de 174 km², vestiu-se de gala na última sexta-feira, 17 de Julho, para celebrar o seu quadragésimo-sexto aniversário de elevação à categoria de cidade. Várias actividades foram organizadas por ocasião da celebração da data. O momento mais alto foi a deposição da coroa de flores na Praça dos Heróis pelo presidente do Conselho Municipal, Raul Conde Marques Adriano, acto que se seguiu a demonstração dos principais serviços prestados pela edilidade de Chimoio. Através de cânticos e danças, o povo da antiga Vila Pery, hoje Chimoio, louvava os feitos levados a cabo pela edilidade e pelo governo da província de Manica no sentido de desenvolver a urbe, mas também, clamava pela resolução dos principais problemas que o aflige no seu dia-a-dia. O desemprego, as deficientes vias de acesso aos bairros periféricos, o agravamento da situação de saneamento do meio, sobretudo nos mercados, insuficiência de espaços para albergar cidadãos que escalam a cidade, foram a tónica que marcou as manifestações culturais. O nosso jornal saiu às ruas com o intuito de colher o sentimento de alguns munícipes da cidade de Chimoio em relação ao estágio sócio-económico actual da urbe. Nos seus depoimentos foi notória a crescente preocupação de devolver a urbe o estatuto que ostentava há anos, o de espaço urbano mais limpo do país. Marcos Matias Tomo, cidadão ouvido pelo “O Universitário”, considera positivo o estagio actual que Chimoio atravessa. O entrevistado elegeu o surgimento de mais instituições de ensino primário, secundário, técnico-profissional e superiores, públicas e privadas, neste ponto do país, como sendo os principais indicadores de desenvolvimento. “ Apelo as pessoas que apostem mais no processo de formação para que cada um possa desenvolver a sua vida e daí veremos que toda a cidade terá uma vida melhorada”, disse. Em relação ao saneamento do meio, o nosso entrevistado gostaria de ver resgatadas as actividades de limpeza voluntária que eram levados a cabo nos bairros em tempos já idos. Jorge Ferrão, residente em Chimoio vai na mesma diapasão no diz respeito a responsabilidade de tornar a cidade limpa. Para ele cabe a cada munícipe o dever de manter limpos a sua residência, o seu bairro, e a cidade em geral. “O munícipe ao tomar consciência de que não pode e nem deve deitar o lixo nas ruas, estará a participar do desenvolvimento da cidade” afirmou Ferrão para depois acrescentar que “ao Conselho Municipal cabe a planificação e orientação das actividade de melhoramento das vias de acesso, construção de unidades sanitárias e mais, cuja implementação destas deve ser assumido como dever de todos”. Raul Conde, edil da urbe, no seu discurso alusivo a efeméride, deixou transparecer que o caminho trilhado desde 1969, ano de elevação à categoria de cidade, foi longo e reconhece haver ainda vários desafios por enfrentar. Como forma de albergar o crescente número de habitantes que a cidade tem registado, actualmente estimado em cerca de 304,871, o Conselho Municipal tem estado a priorizar acções de criação de novos bairros de expansão. Falando de infra-estruturas, Conde, afirmou que o seu elenco está, neste momento a desenvolver acções de asfaltagem e nivelamento de principais vias que dão acesso ao centro da cidade, expansão da rede de energia eléctrica e de água potável, de melhoria dos mercados existentes e a construção de outros com vista a envalecer as condições de venda e compra para os seus utentes. A fonte anunciou que está para breve a conclusão da construção da ponte sobre o rio Muzingadzi, um empreendimento que irá melhorar a vida dos residentes dos bairros 7 de Fevereiro e 16 de Junho, Nhamaonha e Nhaurire. No período entre Julho de 2014 a esta parte, a edilidade construiu um total de 5 pavilhões e 6 alpendres nos principais mercados da autarquia. Sendo, 1 pavilhão e seis alpendres no mercado 25 de Junho, 1 pavilhão em Francisco Manyanga e 3 no mercado Jagarto. Em relação ao Programa Estratégico para a Redução da Pobreza Urbana (PERPU), Raul Conde disse, embora sem avançar números, que os seus resultados são encorajadores porque segundo ele, os fundos estão a permitir a criação de mais postos de trabalho e consequente a melhoria de vida dos seus beneficiários. “Ao se implementar os projectos, a cidade de Chimoio tem vindo a registar o potenciamento nas áreas da cultura, pecuária, comercio, turismo, pequenas indústrias entre outras”, disse. O edil pediu o envolvimento de todos os munícipes de Chimoio no pagamento de impostos, porque só assim é que seu elenco poderá continuar com o processo de desenvolvimento por todos almejado. No tocante a área de saúde, a mensagem do presidente do conselho municipal refere que, campanhas de sensibilização têm sido levadas a cabo pela edilidade nas principais zonas de concentração de pessoas, lugares de diversão, nas escolas e mercados para a necessidade de prevenção de doenças endémicas, o consumo excessivo de álcool e de drogas. O desfile de carros alegóricos com principais serviços da edilidade, espectáculo musical na Fepom e o motociclismo no bairro 25 de Junho foram algumas das actividades que marcaram as celebrações do quadragésimo sexto aniversário de elevação de Chimoio à categoria de cidade. De referir que a elevação à cidade ocorreu em 17 de Julho de 1969 ainda quando ostentava o nome Vila Pery em homenagem a João Pery de Lind, governador do território pela Companhia de Moçambique no tempo colonial. Esta denominação viria a mudar em 12 de Junho de 1975 com adopção do nome actual, como resultado de um comício popular orientado pelo primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel. De acordo com a tradição oral, o nome Chimoio deriva de um clã local, o clã Moyo.

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